Pode até parecer que ela, as Baleias Jubartes, estão se exibindo pra nós,
com aqueles saltos de tirar o fôlego,
mas é o jeitinho delas….
Ou “jeitão”!
Existem algumas teorias sobre o motivo pelo qual as baleias saltam. Elas podem estar se comunicando com outras baleias através de grandes distâncias, tentando atrair outras baleias (incluindo uma companheira), alertando embarcações ou outras companheiras,se refrescando, removendo parasitas como cracas ou apenas brincando!
Seja lá do jeito que for, é mesmo uma experiência indescritível!
Muitas vezes, o primeiro sinal de sua presença é seu “sopro”,
uma nuvem de vapor que ele lança no ar
quando rompe a superfície para respirar.
E o canto das Jubartes ….
Elas se juntam para formar “canções” que variam e podem durar de 5 a a 35 minutos. E variam de ano pra ano. Durante a migração, as baleias jubarte machos frequentemente “cantam” canções complexas, longas e distintas para comunicar sua presença às fêmeas e atraí-las para o acasalamento. Mas alguns pesquisadores também ouviram as baleias cantando durante a alimentação e migração.
As nossas Jubartes
A população que se reproduz ao longo da costa brasileira migra anualmente para os mares antárticos para se alimentar
durante o verão, e retornam para nossas águas no inverno e primavera para acasalar, parir e amamentar seus filhotes
– uma jornada de ida e volta de quase 9.000 Km!
Uma baleia jubarte fêmea tem um filhote,
ou filhote, a cada dois ou três anos e
tem um período de gestação de um ano.
As baleias jubarte recém-nascidas têm mais de 3 m de comprimento
O biólogo Rafael Carvalho do Laboratório de Mamíferos Aquáticos e Bioindicadores da Faculdade de Oceanografia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) explicou em entrevista ao site da Agência Brasil que “ as baleias-jubarte começam a passar pelo Rio de Janeiro, com o propósito principal de se encontrarem ao norte do Espírito Santo e sul da Bahia, na região dos Abrolhos. Pois é nessas águas que elas vão encontrar um ambiente perfeito para dar à luzaos seus filhotes e também para encontrar parceiros parao acasalamento”.
Jubarte no litoral do Rio de Janeiro ( Foto de divulgação – Projeto Baleia Jubarte)
Vivem ao longo das costas de todos os oceanos.
O habitat das baleias–jubarte consiste em águas polares a tropicais, incluindo as águas dos oceanos Ártico, Atlântico e Pacífico.
As Jubartes Brasileiras & As boas notícias
Estima-se que as jubartes brasileiras, hoje em franca recuperação da caça predatória que sofreram, tenham hoje um tamanho populacional próximo dos 20.000 animais (comparado com cerca de 1.000 animais quando o Projeto Baleia Jubarte, iniciou suas atividades, em 1988.
Para saber mais sobre a conservação das baleias jubarte e as linhas atuais de pesquisa, o site do Projeto Baleia Jubarte é muito legal. A organização foi fundada em 1988, na época da proibição internacional da caça às baleias, e desde então tem feito um trabalho fantástico em conservação, monitoramento e educação ambiental sobre baleias jubarte, bem como outras espécies de baleias.
Durante o auge da caça comercial, a baleia jubarte foi caçada quase até a extinção. As populações globais diminuíram em mais de 90% antes que os reguladores decretassem uma moratória mundial sobre a caça em 1966. Felizmente, a baleia jubarte se recuperou notavelmente bem, e as populações continuam a aumentar. Agora, essa grande baleia voltou da beira da extinção para ser considerada uma espécie de menor preocupação.
Hoje, as populações de baleias jubarte estão saudáveis, embora ainda sejam ameaçadas pela perfuração de petróleo e gás, rotas de navegação, equipamentos de pesca e outros detritos humanos, poluição e mudanças climáticas.
À medida que muitas populações de baleias jubarte aumentam a espécie parece estar expandindo seu alcance e é observada com mais frequência em áreas onde antes era considerada apenas errante, incluindo na costa da Holanda, em várias partes do Mar Vermelho e no Mediterrâneo.
As ameaças
Predadores naturais: As baleias jubarte sofrem apenas ataques de orcas. Alguns pesquisadores indicam que a ameaça de ataques de orcas particularmente em filhotes, tem uma influência importante no comportamento e na migração das baleias jubarte . Grandes tubarões também são predadores potenciais desta espécie, especialmente de filhotes muito jovens.
As ameaças provocadas pelo homem: as baleias jubarte ainda sofrem por uma série de ameaças, incluindo, enredamento em equipamentos de pesca, colisões com navios, degradação do habitat, desenvolvimento de petróleo e gás e mudanças climáticas.
As Baleias Jubartes & as Emergências Climáticas
As baleias, como todo o ecossistema marinho, enfrentam os desafios das mudanças cimáticas. O que muita gente não sabe é que elas ajudam a combater essas mudanças.
Suas fezes, ricas em ferro, ajudam a fertilizar as águas superficiais do mar,
aumentando a produção de fitoplâncton,
que absorve grandes quantidades de gás carbônico e libera oxigênio.
Com mais fitoplâncton, a teia alimentar marinha fica mais forte,
a biomassa total do oceano aumenta, ajudando ainda mais na absorção e retenção de carbono.Cada baleia acumula no seu corpo dezenas de tonelada de carbono.
Quando morrem, geralmente afundam em áreas profundas do mar,
onde esse carbono fica armazenado nos organismos dessas regiões
por décadas ou até séculos, graças às lentas correntes marinhas dessa zona do oceano.
(Fonte: projeto Baleia Jubarte) .
Observação de Baleias: As baleias jubarte são uma das espécies mais frequentemente visadas pela observação de baleias ao redor do mundo. Não é difícil saber porque! Não só pela beleza, mas também, como outros grandes animais no oceano, incluindo alguns tubarões, como o tubarão-baleia, o tubarão-frade e outras grandes baleias, elas não oferecem perigo nenhum.
Não precisamos esperar para encontrá-las: é possível contratar agências e passeios para avistar os animais nos litorais de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e da Bahia. Os passeios costumam acontecer com a companhia de um biólogo, que informa as regras. Tocar nos animais, por exemplo, é uma atividade proibida.
Não tem nem como explicar a emoção de ver um
animal de 40 toneladas deslizando, se movendo com tanta leveza!
Foto: Instituto Baleia Jubarte
Fontes: Instituto Baleia Jubarte,Live science.com, International Whaling Comission,Agencia Brasil