O México cria uma vasta reserva oceânica para proteger as ilhas Revillagigedo, conhecidas como “Galápagos da América do Norte”.
É a maior reserva oceânica na América do Norte em torno de um arquipélago do Pacífico.
A criação da reserva garante a proibição da pesca, mineração e novos hotéis ,
garantindo a conservação de inúmeras espécies, incluindo tubarões, baleias jubarte, tartarugas marinhas, lagartos, raias gigantes e aves migratórias.
A conservação do ecossistema local é fundamental para a vida de cerca de 400 espécies
que dependem dos nutrientes elaborados pelo oceano.

Raias gigantes, uma das espécies que mais representa Revillagigedo
As quatro ilhas vulcânicas que compõem o arquipélago Revillagigedo,
chamadas Galápagos da América do Norte, fazem parte de uma cordilheira vulcânica submersa.
Matt Rand, diretor do projeto de legado do oceano Pew Bertarelli,
disse a HuffPost que a reserva era “biologicamente espetacular” e elogiou o governo mexicano.
“Não foi uma decisão fácil, porque eles tiveram uma oposição significativa da indústria da pesca comercial, “, disse Rand.
Eu adoraria ver uma indústria comercial abraçar essa noção de que certas áreas deveriam ser protegidas”.
A área é um terreno fértil para espécies comercialmente pescadas, como o atum e a serra. No entanto, as várias populações de peixes sofreram, incapazes de se reproduzir
com uma rapidez suficiente diante da pesca indiscriminada.
A Convenção das Nações Unidas sobre Diversidade Biológica visa proteger 10% dos oceanos do mundo até 2020.
Muito pouco, não é?
Alguns especialistas alertam para a importância de proteger pelo menos 30% dos oceanos do mundo contra a exploração e danos. Apenas 6% do oceano tem suas áreas protegidas ou está destinado a proteção futura.
O México junta-se ao Chile, à Nova Zelândia e ao Tahiti ao
tomar medidas recentes para preservar os sistemas ecológicos em suas águas territoriais.
SEABIN, tecnologia desenvolvida por dois surfistas australianos, para recolher o lixo do oceano
Teconologia desenvolvida por dois surfistas australianos, Andrew Turton e Pete Ceglinski, para recolher lixo do oceano.
É o SEABIN, capaz de recolher o lixo jogado no mar, separar o óleo, combustível e detergente e devolver a água limpa para o oceano. Tem o custo baixo e fácil manutenção.
O objetivo é que, em meados de 2016, o Seabin possa estar em todos os países do mundo.
O Seabin e é essencialmente um sistema de filtragem do mar. É feito para ser usado a bordo de iates, marinas e portos, o que o torna independente das tempestades do mar ou das correntes oceânicas. É perfeito para uso em áreas, onde há grande atividade humana.
Funciona de forma bastante simples. Com a ajuda de uma bomba de água instalada em terra, a água e todo o lixo, óleo e resíduos de detergente, é sugado para dentro do compartimento. Dentro da caixa, há um saco removível, feito de fibras naturais, que reúne todos os detritos recolhidos. A água que permanece, volta limpa para o oceano depois de passar por um separador de óleo.
O grande objetivo da equipe é, fazer todos os futuros modelos de Seabin usando apenas o lixo recolhido do mar.
O projeto encontra-se em fase final de desenvolvimento e o protótipo está sendo testado na marina Real Club Nautic (Palma de Maiorca). Estão atualmente esperando o apoio dos patrocinadores através de uma campanha de crowdfunding.
Efeitos do aquecimento global nos oceanos é pior do que se pensava!
O relatório chama a atenção para as chamadas zonas mortas, locais fortemente afetados pela poluição de fertilizantes.
“Não temos dado a importância necessária aos oceanos. Eles nos protegem dos piores efeitos do aquecimento global, ao absorver o CO2 da atmosfera. Os oceanos continuam se aquecendo. As pessoas e a os fomuladores de políticas públicas fracassam ao não reconhecer, ou ignorar por opção, a gravidade da situação”, diz o relatório.
O relatório cita como exemplo a ameaça aos recifes de coral, afetados pela temperatura e pelos níveis de acidez crescentes, além da proliferação de algas decorrentes do desequilíbrio ambiental.
Pesca predatória
Financiado por várias fundações, o IPSO está publicando uma série de cinco relatórios baseado em debates feitos em 2011 e 2012, em conjunto com a Comissão Mundial para Áreas Protegidas da organização União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês). O relatório pede aos govermos que detenham o aumento de CO2 nos níveis de 450 ppm (partes por milhão, uma medida de volume). Se for além desse montante, os oceanos podem sofrer com um nível de acidez alto ao fim deste século, já que o CO2 é absorvido pela água.
O relatório também pede um sistema de pesca menos predatório e uma lista de substâncias extremamente tóxicas aos oceanos.
O documento pede que um novo acordo internacional para a pesca sustentável nos oceanos e a criação de uma agência de fiscalização internacional.
“Esses relatórios deixam absolutamente claros que postergar ações só vai aumentar os custos no futuro e levar a perdas ainda piores, senão irreversíveis”, alerta o professor Dan Laffoley, um dos autores do relatório.
“O relatório de clima da ONU já confirmou que os oceanos estão arcando com o ônus das mudanças perpetradas pelos humanos em nosso planeta. Essas descobertas nos dão mais razão para alarme, mas também sinalizam a solução. Precisamos usar essa informação”, disse.
Risco de extinção
O coordenador do estudo, professor Alex Rogers, da Universidade de Oxford, disse que o relatório é importante por ser “completamente independente da influência dos Estados e por dizer coisas que especialistas da área sentem que precisam ser ditas”.
Ele lembrou que as preocupações aumentaram nos últimos anos justamente porque relatórios assim mostraram que espécies foram extintas no passado com o aquecimento dos oceanos, o aumento da acidez e baixo nível de oxigênio na água – alterações que têm sido registradas hoje em dia.
O professor lembra que há um debate sobre se práticas sustentáveis de pesca estão provocando a recuperação do estoque de peixes em regiões da Europa e dos Estados Unidos. Entretanto, globalmente, está claro que essa recuperação não está ocorrendo.
Ele também admite que se discute se as mudanças climáticas poderiam levar a uma maior produção de peixes nos oceanos. Por exemplo, se a água de degelo dos polos faria aumentar o estoque de pescado em regiões mais frias, enquanto que, nas zonas tropicais, áreas de água mais quente poderiam prejudicar a mistura de nutrientes necessária para uma maior produção.
Fonte: BBC News em Doha
Essa matéria foi publicada em 2013 e pouca coisa mudou.